quinta-feira, 17 de setembro de 2009
Luzia
Vestia uma imagem torta
A morosidade arrastava os passos
O corpo não sustentava os braços
Luzia um olhar de morta,
Não era a falta de abraços dormidos
Talvez a fuga dos outonos corroídos
Que seriam invernos de infernos,
De sorrisos guardados, caídos,
Dobrar a esquina uma vez mais
Era imagem vazia
Tanto faz?
O ultimo cigarro, fim do vício?
Jogar-se do terraço do primeiro edifício?
Arrebentar o desânimo na quina da porta
Ou sangrar sem pesar a aorta?
Luzia um olhar de morta,
Foi a primeira e derradeira vez
Que vi uma pálida tez que alucina
Dobrando sem rumo uma esquina.
Luzia?
A luz jazz.
Imagem: http://media.photobucket.com/image/ESQUINA%20E%20MULHER/Marota/mulher.jpg
Bonito
Se o que soa de ti me agrada aos ouvidos
Digo: - és Bonito além de o rude viver
Se o eco em mim te faz arder
Acredite Bonito, me dói saber - sou adido,
Meus conflitos vivem de expedientes:
Um dia sóbrios a galgar vertigens
Noutros - estridente ócio maldito.
O ranger de dentes não é pré- requisito.
Ouça – Bonito!
O que nunca pude dizer:
A vida voa
O desejo vil
A resignação vã,
E o que resta entre nós e outras manhãs
É letivo, Te faço saber.
Alterações ortográficas vãs
Verbo no infinitivo.
Ser.
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