

Minha poesia
é uma louca incendiária,
discípula de Nero
e Calígula, o insano,
mostra-se totalmente desnecessária
e embala a melodia do profano,
fode-se na folia
do seu imaginário,
em doçura, ardor e arrelia,
constante calvário,
corre quente o grafite
e o verbete na veia,
e num ricochete com o seu
serpenteia,
é transfusão, propagação
de um eu que me enleia.