sexta-feira, 19 de novembro de 2010
Seu verbo entornou
Não me diga nada
O seu verbo entornou
E a sensação definhou-se,
Não te direi uma plavra
Escassei os adjetivos
Em frases mal lidas
E desvalorizadas,
Hoje só vejo o engano
Que plantei por acreditar,
Não creio mais em mim,
Passei borracha e apaguei tudo
Meus sinônimos estão mudos
Nunca mais escreverei com as veias,
Os amores que reguei dias a fio
Fizeram-me crer que a pena valeria
Você está certo,
Não se apaixone, apenas deguste vinhos
E momentos que se diluirão assim que
Recobrares a consciência.
Amar exige paciência.
Dane-se com a sua falta de vocação.
Máculas
quarta-feira, 10 de novembro de 2010
Non dimenticarti di me
Que os armários se abram
Na sua procura tardia
Da nossa bela fotografia,
E que todos os filmes ultrapassados
Rasguem seu peito em paúra
Você compreende amore _ terrore
Alado surto de amargura – amarezza
O toque dos sinos anuncia nossa tristeza
Pelos arredores dos tempos (di)versos
Desconjugo todos os verbos cativos
E gritos de desesperos adotivos
Sonhos em águas turvas imersos
Candura de amor controverso
Versado em total nostalgia
Relembrado tal qual bulimia.
Mas, teimo em pedir a você:
- Non dimenticarti di me.
ppp@rbsb
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