
Os meus sonhos
Mofaram na cesta
Do café de amanhã,
Minha boca calou-se
E o sorriso esvaneceu
Hoje, após o jantar,
O olhar sem lume
Vaga,
A doçura que ainda restava
Paga,
Não há precipício
Ou lugar propício
Para as mágoas,
Talvez se afoguem
No rio Tietê,
Eu, Marginal
Dos meus
Sonhos
Sangrarei com
Três cortes
De cada lado
Para que seus
Desejos
Fluam.