
Não me diga nada
O seu verbo entornou
E a sensação definhou-se,
Não te direi uma plavra
Escassei os adjetivos
Em frases mal lidas
E desvalorizadas,
Hoje só vejo o engano
Que plantei por acreditar,
Não creio mais em mim,
Passei borracha e apaguei tudo
Meus sinônimos estão mudos
Nunca mais escreverei com as veias,
Os amores que reguei dias a fio
Fizeram-me crer que a pena valeria
Você está certo,
Não se apaixone, apenas deguste vinhos
E momentos que se diluirão assim que
Recobrares a consciência.
Amar exige paciência.
Dane-se com a sua falta de vocação.