
Porque a escrita me vem como tornados,
Impulsos acirandados,
Entrecortada por palavras intuitivas
Contradizendo sensações assertivas,
Antigas imagens das praças
Manifestos escritos secretos
Bala na agulha da fala,
Valores circunspetos,
Verbo deitado em quiçaças
cantiga escorrendo na vala,
E me vem sem aviso nenhum
As cores pichadas nos muros
Andantes vivendo em jejum
Feridas corroendo os tecidos
Coração na boca esquecido
Furores de tempo e medida
Versando apetite de vida.
4 comentários:
E só quem escreve, sente. Só quem sente, escreve. Venal! maravilhoso. Parabéns!
Obrigada Henrique, muito bom te ver por aqui!! bj
Feridas corroendo os tecidos
Coração na boca esquecido
Furores de tempo e medida
Versando apetite de vida.
Destaco esse verso... não sei se é maldito, ou bendito seja. Só sei que é maravilhoso.
"Versando apetite de vida."
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