segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Alagamento


Ai de mim que tenho sido nuvem,
Passo à passo desencadeio-me
Sombra.

Ai te ti que tens sido chuva,
Gota à gota te descubro:
Inundação.

E juntas se vão
Nuvem, chuva
E vão,


Entre o querer e nada ter,
O ser, e nada sou,
Você,
Nuvem de algodão,
Simples assim:

_Ai de ti.
_Ai de mim.

Somos neste momento
Mero alagamento.





2 comentários:

Anônimo disse...

Oi, Maria Júlia. Lindo o teu blog. Lindas as tuas poesias. Tomei a liberdade de publicar esta na minha Revista PROTEXTO:

http://remisson.com.br/2013/06/18/alagamento/

Te espero lá. Inscreva-se e escreva em nossas páginas.
Um abraço do teu novo fã.
Remisson Aniceto

Maria Júlia Pontes disse...

Obrigada pela visita Revista Protexto. Honrada pela escolha do meu poema. Visitarei a página em breve.