domingo, 21 de setembro de 2008

Poesia demente




Minha poesia
é uma louca incendiária,

discípula de Nero
e Calígula, o insano,

mostra-se totalmente desnecessária
e embala a melodia do profano,

fode-se na folia
do seu imaginário,

em doçura, ardor e arrelia,
constante calvário,

corre quente o grafite
e o verbete na veia,

e num ricochete com o seu
serpenteia,

é transfusão, propagação
de um eu que me enleia.

3 comentários:

Ge Dias disse...

esse poema parece uma resposta à nossa conversa. LInda resposta, lindo poema como todos os outros.

gutipoetry disse...

su a pésia é muito dinâmica, isto sim, ela abraça cada palavra como se fôsse a última da frase, como se estivesse no precípicio do período. Parabéns!

Judô e Poesia disse...

este é um poema de Lilith, com movimentos rápidos, ondulantes e marginais. Adorei, e incluí o blog entre meus favoritos. Beijos, Domingos.