
Vestia uma imagem torta
A morosidade arrastava os passos
O corpo não sustentava os braços
Luzia um olhar de morta,
Não era a falta de abraços dormidos
Talvez a fuga dos outonos corroídos
Que seriam invernos de infernos,
De sorrisos guardados, caídos,
Dobrar a esquina uma vez mais
Era imagem vazia
Tanto faz?
O ultimo cigarro, fim do vício?
Jogar-se do terraço do primeiro edifício?
Arrebentar o desânimo na quina da porta
Ou sangrar sem pesar a aorta?
Luzia um olhar de morta,
Foi a primeira e derradeira vez
Que vi uma pálida tez que alucina
Dobrando sem rumo uma esquina.
Luzia?
A luz jazz.
Imagem: http://media.photobucket.com/image/ESQUINA%20E%20MULHER/Marota/mulher.jpg