
Os pensamentos não me cabem mais
Atravessaram a Av. Conceição
Em alta velocidade,
Mendigaram aos estranhos que passavam:
-Piedade!
Os cacos já não colam mais
Espalharam-se pelo corredor
E não há cola que dê jeito
As teclas do computador e meu coração
Desbotaram na s pontas dos meus dedos
As letras estão decalcadas
Nos meus medos e defeitos,
Do que sobrou sobre a mesa da cozinha
Foram as picuinhas e o pão que embolorou,
O café esfriou, não uso garrafa térmica
Consumo tudo no calor dos momentos,
Alimento-me agora da fé de outrora
E de alguns fragmentos.
E dôo sem medida e previsão
Pois ainda me resta da vida um quinhão,
Quero a parte que me cabe neste vasto mundo.
Imagem:http://www.designup.pro.br/files/insp/thumb300x300/1250519367.jpg
7 comentários:
bem-vinda seja Júlia
à nossa
singela tertúlia
curti o teu poema, pois já me vi assim tontas vezes.
abraço.
"As letras estão decalcadas
Nos meus medos e defeitos,"
Isto ficou muito bom! Pão na geladeira, não tenho problemas com bolor. Também não uso a térmica. E quanto à "fé de outrora", ah, quem me dera! O meu quinhão? Acho que já o ganhei e joguei-o fora... paciência. Bj.
Putz... fico envaidecido com teus comentários, com o convite. Mas, o blog Falópios (que acompanho com prazer) é uma "revista feminina", um "clube da luluzinha", não é? O que faria eu lá?
Quanto à comunidade, não sei como funciona, parece que é de acesso restrito aos membros...
Estou, sim, no Orkut. Te enviei um convite para adicionar e também me inscrevi na comunidade.
Se você acha que posso participar com minhas postagens, faria isto com prazer. Bjs. Raul
bacana.
É o retrato do caos. Mas, se da fé de outrora sobrou alguma coisa, quem sabe um sopro e o fênix sai batendo asas. Eu, já sou um pouco mais fatalista. Comigo, o fênix não sobe; é o urubu quem desce... eis que a carniça já habita em mim. Beijos textuais.
e como saber o que nos cabe ? quanto nos cabe ? muito bom ...
bjs
Gosto desses elementod do cotidiano na tua poesia! Volto, pra degustar aos poucos.
Beijo Maju
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