domingo, 4 de outubro de 2009

Eu, cravo!




Eu cravo no peito de cada amigo
O emblema de hera
E são poucos que tem esse abrigo
Que me move e me gera,

Eu cravo os dentes na jugular
Do inimigo, e não sangra a olhos nus
Porque cravo sem nele tocar
Não me apetecem os urubus,

Eu cravo rosa no meu amanhecer,
Rego as sublimes almas que me acalentam
O meu doce escorre ao anoitecer,
E finco o coração nos que me desvendam

E amo. Sem peso, sem despedidas
Uma vez que em minhas veias
Só habitam almas benditas.

2 comentários:

RAUL POUGH disse...

Costumo, sempre que possível, escolher dentro de cada poema um verso especial. Como se um anjo aparecesse e me dissesse: você está partindo, definitivamente, e deste poema da Maria Júlia você tem direito a levar contigo um verso, apenas um. Eu levaria este: "E finco o coração nos que me desvendam".
É isso... bj.

Ciadapoesia.blogspot.com disse...

Obrigada Raul. Passei por aqui hoje...esse verso q vc destacou me caiu tão bem nesse momento da minha vida. Bjs