quarta-feira, 7 de julho de 2010

Sonhos mofados





Os meus sonhos
Mofaram na cesta
Do café de amanhã,

Minha boca calou-se
E o sorriso esvaneceu
Hoje, após o jantar,

O olhar sem lume
Vaga,

A doçura que ainda restava
Paga,

Não há precipício
Ou lugar propício
Para as mágoas,

Talvez se afoguem
No rio Tietê,

Eu, Marginal
Dos meus
Sonhos

Sangrarei com
Três cortes
De cada lado
Para que seus
Desejos
Fluam.

8 comentários:

Flá Perez (BláBlá) disse...

Adorei esse café de amanhã!
bjbjbj

Mi disse...

Ai fiquei tão feliz quando vi que você atualizou o blog, pensei que tinha desistido dele . . .
Gosto muito do que você escreve :D

Té mais!

Iriene Borges disse...

A doação implícita nesse poema é algo que só uma mulher pode
(d)escrever. Lindo

cristine lima disse...

Gostei muito da maneira como coloca as palavras e tira delas os sentimentos...
Gostaria ~de convidar você para dar uma olhada no meu blog também. Comentários são muito bem vindos,
Abraço,

Giovani Iemini disse...

oi, maju.
manda um texto pra eu colocar no blog do bar do escritor.
como convidado.
giovani.iemini arroba gmail.com
pode ser?

[]s

aluisio martinns disse...

muitas imagens que trans-bordam as margens dos sentidos. verdadeira poeta, faz do complexo ainda mais, mas com a simplicidade e objetividade devidas...
abs

Marcos Paulo Souza Caetano disse...

Extraordinário esse poema!

A metáfora, e a alegoria por sua vez, estão delicadamente colocadas. As imagens colocadas de modo conciso na linguagem, isso me encantou.

Os versos curtos deram um ar de pausa pensante, um ar de reticência sem três pontos. E isso me pareceu fundamental para a conclusão da obra, um sonho per si.

Encantado.

Maria Júlia Pontes disse...

muito bom ler os coments de vcs por aqui, voltem sempre.
bjos