
O último pôr-do-sol
despencou no mar
acenando tchau!
e parecia rir de mim,
aquele sol rebuscado
em carmim,
ele sabia que a nau
não aportaria,
então ria,
nem veleiro, nem navio,
um displicente
extravio,
eu nunca mergulho
os pés primeiro,
vou de cabeça,
e rezo,
pra que nenhuma pedra
apareça,
inconseqüência ou não
prefiro me privar
da razão.
Maria Júlia Pontes