sábado, 8 de setembro de 2007

Para sempre desvairada


O que é aquela cruz
no fim do túnel da Av. Rebouças
que o paulistano sustenta
[dia ....... após..... dia]
e que não se traduz?

luzes ao contrário trafegam nas vias
nas vidas dos transeuntes, Inferno e céu,
[se misturam]
ilustres, trabalhadores e otários
[Se aturam]

e desvaira pra nunca mais parar a paulicéia
nos palcos da multi-étnica platéia
que se arranha entre fumaça e pó
menino no farol...
[malabarista da fome]
um pouco de fé, e mais nada a temer,

meia volta vou ver!
e a única saída que alenta,
[desapressado]
não adianta correr,
[é esperar pra morrer]


Maria Júlia Pontes

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