terça-feira, 27 de novembro de 2007

Às favas


Me esquivo diante de seres assim

passivos e ao mesmo tempo corrosivos,

corroem pelas beiradas feito soda cáustica

com uma rapidez imprescindível,

a minha face amarela não derrete

feito vela, porque me basto, me afasto,

a redoma que inventei não foi por acaso,

nada é por acaso, nem o sol nasce a troco

de alguns centavos,

as abelhas não constroem à toa os favos.







Maria Júlia Pontes (AC)

Nenhum comentário: