sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Águas Flaviais


Um traço em linhas

Escolhidas a risca,

Um frasco de emoções

Incógnitas ariscas,


Expõe, e recolhe-se

Não precisa prévio aviso

Basta absorver o olhar

Fullgas, assim, de improviso,


E tem na voz a melodia

Dos tambores de Angola,

A ferocidade das águas do Kwanza,

As dores, seu peito imola,


Traz ventura que alumia

As noites sem lua de outrora

A dor e a destemperança,


Nas juras secretas dos rios

Desejos a cantarolar,

Segredos de um alvorecer

Guardados em mananciais,


Pois bendito seja o ser

Que um dia navegar

Em suas águas Flaviais.



Poema dedicado ao meu grande amigo e irmão nas letras Flávio Vicente.


2 comentários:

Flavio Vicente disse...

Gostei muito e sempre levarei este presente comigo, pois a profundidade que você me retratou é extremamente apurada. Beijoxxxx

Maria Júlia Pontes disse...

Quanto tempo heinm? Flávio....saudades